Estudantes participaram de uma série de atividades sobre educação ambiental. Foto: Kleyvson Santos/PCR
Os estudantes do 2º ano A da Escola Municipal Marluce Santiago da Silva, localizada no bairro de Passarinho, partciparam da culminância do projeto “Eu vou nas asas do meu passarinho”, desenvolvido pela professora Helen Carmem Lucena. A iniciativa surgiu após rodas de conversa em sala, quando a professora percebeu que muitas crianças criavam passarinhos presos em gaiolas. Foi a partir dessa observação, que nasceu a ideia de trabalhar a educação ambiental e o respeito aos animais de forma lúdica, unindo identidade local, tecnologia e sustentabilidade.
Durante o projeto, os estudantes participaram de uma série de atividades criativas e significativas, produziram jogos da memória e poemas sobre os passarinhos e confeccionaram cartazes explicando o papel de cada espécie na natureza. Além disso, desenvolveram fichas catalogadas com informações sobre os animais estudados e construíram uma maquete com as ruas do bairro que levam nomes de passarinhos. Após todas essas etapas, realizaram uma pesquisa sobre o bairro e confeccionaram placas para as ruas próximas à unidade de ensino. Todas as placas possuem QRCodes que permitem o acesso aos resultados do estudo, incluindo áudios com o som real dos pássaros.
Inspirados pelo livro “Se essa rua fosse minha”, os estudantes escreveram o que gostariam de mudar nas ruas onde moram e ainda criaram uma paródia intitulada “Vou nas asas do meu passarinho”. Cada aluno recebeu o diploma de pesquisador, reconhecendo o esforço e a curiosidade que moveram o projeto. “Gostei muito do trabalho e do meu passarinho”, disse o estudante Rennan Gabriel.
A gestora da unidade, Maria Betânia, destacou a relevância da iniciativa para a comunidade. “Estamos encantados com o trabalho que foi desenvolvido, porque foi um trabalho coletivo entre professora e alunos. Foi o despertar de uma pesquisa que há muito tempo não se fazia. A gente vê que a escola está além dos muros, ela está na rua, junto com a comunidade, desenvolvendo um trabalho de conscientização sobre a importância dos nomes e das histórias de cada espaço. A rua também precisa ter identidade”, disse.
Quem também se orgulha do projeto é Cilene Maria, porteira da escola e moradora da Rua Canário, uma das vias estudadas pelos alunos, “Esse projeto foi excelente aqui na comunidade. Muitas ruas não tinham placas de identificação, e isso dificultava até para quem mora aqui. A professora e os alunos estão de parabéns, foi um trabalho lindo, produtivo e muito importante, porque ajudou as crianças a conhecer melhor o lugar onde vivem e valorizar o nome de cada rua, que homenageia nossos passarinhos. Foi uma verdadeira descoberta”, destacou.
“Eu escolhi ser professora porque acredito na educação. Projetos como esse mostram que ela transforma vidas, a nossa e a dos alunos. As crianças já são agentes de mudança, aprendendo sobre sustentabilidade e cidadania. Conversamos também sobre o lugar dos passarinhos, entendendo juntos que eles pertencem à natureza, onde cumprem um papel essencial para todos nós”, pontuou a professora Helen
O projeto é um exemplo de como temas cotidianos podem se transformar em experiências pedagógicas significativas, conectando afeto, conhecimento e sustentabilidade.









